Lemos em Atos 12: “E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro na ilharga, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos as cadeias. E disse-lhe o anjo: Cinge-te, e ata as tuas alparcas. E ele assim o fez. Disse-lhe mais: Lança às costas a tua capa, e segue-me” (Atos 12:7,8).
Vivemos dias extremamente pertubados. Talvez por estar mais próxima a volta de Jesus ou, quem sabe, porque a igreja já não ora como antes. Satanás, contudo, continua fazendo o que sempre fez. Suas táticas podem ter adquirido nova roupagem, mas seus objetivos são os mesmos. O que realmente é novo em nossos dias é a crescente indiferença e incredulidade que brotam até no meio dos que se dizem cristãos.
Existem muitos tipos de prisão. Prisões físicas e circunstanciais, prisões emocionais, prisões espirituais. Seja qual for o tipo de prisão, sempre indica impotência ou inabilidade humana. Prisão é fim de recurso, é impossibilidade. Impossivel para os homens, mas possível para Deus.
No texto acima vemos o maravilhoso testemunho do que Deus faz sempre que os seus oram, solicitando Sua providência contra as obras das trevas. Devemos retornar à esse entendimento de vitória sobre o mal que a igreja tinha no primeiro século. O Diabo nada pode contra cristãos cheios de fé. Talvez alguma perseguição possa ter exito, mas quando a igreja começa a orar os cativos são despertados pela luz de Deus e são livres.
A ansiedade mata porque ela anula o princípio da confiança em Deus. Confiança é a mais firme demonstração de fé. Ela descansa na certeza de que o melhor será feito. Devemos considerar que Deus nos ama e que responde nossas orações. Precisamos descansar. Descansar nossas mentes e nosso coração. Desfrutar o favor imerecido que a graça nos outorga. Pedro estava na prisão, mas dormia. Ele estava entre grilhões, mas descansava, pois esperava em Deus o livramento a seu tempo. A igreja orava, mas Pedro descansava. Uma mente tensa, que não consegue descansar, dificilmente será sensível às orientações de Deus. Deus faz a obra completa. Podemos descansar.
Existem etapas distintas, que se completam entre sí, para a plena libertação. Primeiro o anjo “resplandeceu uma luz na prisão” depois tocou em Pedro e o despertou, dizendo: “Levanta-te depressa.” Em seguida caíram-lhe das mãos as cadeias. O anjo então orientou à Pedro o que deveria fazer: “Cinge-te, e ata as tuas alparcas”. Após Pedro pegar seus pertences, o anjo lhe ordenou que o seguisse e o retirou completamente da prisão. A chegada da luz é um forte indicativo da disponibilidade de liberdade e sempre a precede. Luz é a prova de que Deus está envolvido em nossa situação, é entendimento da Palavra da Verdade. É a primeira etapa para a liberdade.
Depois de despertados para a realidade espiritual da libertação, devemos fazer nossa parte em tudo o que Deus nos orientar. Deus continua agindo da mesma maneira. Seus recursos não se esgotaram. Ele nos conhece, é nosso é criador e, o mais importante, nos ama!
De cabeça erguida e ousadamente vamos confessar: Deus é meu libertador! Vou estar atento às suas palavras e seguirei fielmente suas orientações. Se hoje estou preso, amanhã estarei livre!”
Por Daril Simões