Flores do sono

Há no Himalaia um ponto em que florescem lindas flores; mas quem ali se demora logo adormece. Os que moram na vizinhança aspiram sempre o perfume de outra planta, antes de passarem por ali, a fim de contrabalançar os seus efeitos.

Quando ouvi contar isso, imaginei que as flores fossem venenosas, mas logo replicaram que não, pois quem ali adormecia, geralmente conservava a vida até doze dias depois e quando morria era em consequência da fome ou da sede.

Há também no mundo coisas que em si não são más, mas que apagam a nossa fome e sede espiritual, vindo assim a determinar a nossa morte. E como na outra planta cujo perfume mantém acordados os que por ali passam, também a oração nos manterá vigilantes entre as atrações do mundo.

(Sundar Singh em “O Apóstolo dos pés sangrentos”)

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